Vil perdão
(Para o Fred)Eu perdoo você
e suas pequenas mentiras.
Suas grandes mentiras.
Suas mentiras
de todos os tamanhos.
Perdoo
as promessas de campanha,
as promissórias afetivas
seus ‘eujuros’ e 'euteamos'
Perdoo a nudez fingida,
os seios oferecidos
as geometrias felizes
os trejeitos de Marilyn
e os gozos de festim.
Perdoo suas nuvens vazias de chuvas
seus minuanos, seus tsunamis
Perdoo os raros dias de sol
e a ausência de verões
Eu perdoo
Perdoo os seus boleros,
suas rumbas, suas dores
e o aço frio dos punhais
- o finco das bandarilhas -
ardidos, urdidos
em minhas costas
e esta sangria imposta
feita de uis e ais
Perdoo você como
quem perdoa Judas.
Perdoo, principalmente,
seus pra sempre
E seus jamais.
Perdoo os seus boleros,
suas rumbas, suas dores
e o aço frio dos punhais
- o finco das bandarilhas -
ardidos, urdidos
em minhas costas
e esta sangria imposta
feita de uis e ais
Perdoo você como
quem perdoa Judas.
Perdoo, principalmente,
seus pra sempre
E seus jamais.
11 comments:
A deusa do imaginário masculino, a imagem da América sedutora e disponível. Só que não. Marilyn continua causando ereções poéticas. Bravo!
deusas, sereias, chamemos como a poesia quiser...
são sete pregos no caixão do poeta, sete mil punhais cravados nas costas.
Abraço grande, Mainieri
R.
Muito bom. O amor é mesmo assim. Abraço. (Fernando Campanella)
Uma pena ainda não ter sido musicada. Até imaginei o Cauby ou o Roberto Luna cantando, fica um arraso. Forte abraço, Robertim.
Dário,
Até eu que nasci com dois pés esquerdos e não danço nada, fiquei com vontade de colar risto e coxas. A voz de Cauby me causa suspiros explicáveis.
Beijão
R.
Dário,
Até eu que nasci com dois pés esquerdos e não danço nada, fiquei com vontade de colar risto e coxas. A voz de Cauby me causa suspiros explicáveis.
Beijão
R.
Se já é música será canção. Veio pronta, uai. Perdão ao parceiro que tá demorando, se não vem outro e toma... abraços, meu cronista predideto que pinta letras com tintas e tintos suaves e secos...
oxalá, Da Rama... estou ligadaço em seu blog. Retornemos à blogagem. Isto meio que nos dá um empurrão para produzirmos coisas. Havia mais afeto nos blogs. O facebook transformou tudo num sarapatel que hora acerta no cravo, hora na ferradura.
beijão
r.
e por onde houver alma,
deixarei um pedaço de mim.
aqui certamente,
beijo
e por onde houver alma, sempre, o olhar da poeta, o olhar da poesia.
é bom te reencontrar aqui.
grande beijo
r..
Hay lugares donde se vuelve siempre. Cuando la poesía impregna la palabra, los siempre en los jamases se perdonan aunque duelan como puñales. Abrazo enorme, Roberto.
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