Wednesday, February 15, 2012

Dos amores eternos e verdadeiros


















O que foi feito dos grandes amores de outrora? – pergunto eu.
Leio na imprensa sobre Dado Dolabella e Luana Piovani, romance bastante badalado e que esta semana saiu das páginas de fofocas e foi para parar numa delegacia do Rio de Janeiro.
Edson Balinha, um amigo querido, costuma filosofar depois do quinto chope que, dizer “eu te amo”, não pode ser em vão.
Eu te amo é tão sagrado que, segundo ele, deveria ser uma palavra só: euteamo.
E, portanto, não pode ser usado à revelia, descartável como uma camisinha.
E isto nos desanima – poetas de plantão - muitíssimo. Nos faz perder um pouco a esperança na palavra amor.
Onde foram parar amores como os de Lampião e Maria Bonita, Sartre e Simone de Beauvoir, Jorge Amado e Zélia Gattai, Richard Burton e Elizabeth Taylor?
Terão caído na banalidade, na vala comum dos amores de verão?
Ainda bem que recebi esta semana um email do poeta Pedro Ramúcio, contando uma história triste e de rara beleza, que me fez reavaliar minhas posições mais recentes.
Usarei as palavras do próprio bardo, reproduzindo parte do seu email:
“Em 2006, estive em Vitória-ES e conheci um casal de artistas, Marcos e Bianca, inspiradíssimos e de muito talento musical. Ficamos amigos de cara, amor à música à primeira vista.
Em 2007, voltei lá e pude apreciar a dupla de novo com muito prazer e apuro do melhor repertório musical, bom gosto à mancheia.
Final daquele ano, recebi a notícia de que a Bianca estava muito mal de saúde (pulmão) e caso se recuperasse não voltaria a cantar. Bomba que o Marcos segurou até o fim.
No meio deste 2008, ela não resistiu ao tratamento médico e partiu.
Tenho ligado pro Marcos que me disse ter 'enterrado sua viola quando Bianca foi sepultada, também era seu canto que entrava sete palmos dentro da terra'. Sem Bianca não tinha como ele seguir cantando. Pra quem, pra quê?
Em setembro agora, estive lá com ele e vi muito sofrimento pra uma pessoa só carregar. Tentei mostrar-lhe que cantar seria o melhor remédio, ainda que no início muito amaro, mas santo também. Ele me prometeu que tentaria, eu confiei e dei a força que pude, ou seja, quase nenhuma. Tive que vir-me embora.
Da última vez que liguei pra ele, eis que Marcos me pede um poema que falasse dele e Bianca. Eu tinha escrito esta canção na noite anterior.”
E foi assim que Ramucio escreveu um belíssimo poema “Anjo Ortográfico” , fazendo justiça ao amor do casal. Espero, sinceramente, que este poema venha a se transformar em letra de canção, tirada da lira melodista do próprio Marcos.
E que ele reencontre na lembrança de sua amada, inspiração e forças para voltar a cantar.
Amores anônimos, como os deste casal, nos fazem crer que o sentimento maior do ser humano continua vivo. E palpitando nos corações das pessoas.
O bom e velho amor, não morreu.
Ele não morrerá jamais.


(29/10/2008)


A Música Que Toca Sem Parar:
para ilustrar esta crônica antiga, escolhi uma canção composta por um amigo querido, de São Domingos do Prata-MG. De (e com) Celso Adofo, a mais bela canção de amor que uma boa parte do Brasil ainda não conhece: Nós Dois.

E nós que nem sabemos quanto nos queremos
Que nem sabemos tudo que queremos
Como é difícil o desejo de amar

Você que nunca soube quanto eu quis
Que não me coube, não me viu raiz
Nascendo, crescendo nos terrenos seus

Eu na janela, olhando a lua
Perguntando à lua: onde você foi amar?

E nós que nem soubemos nos querer de vez
Estamos sós, laçados em dois nós
Um que é meu beijo e outro é o lábio seu

Não sei sair cantando sem contar você
Que eu sei cantar mas conto com você
Que eu vou seguir mas vou seguir você

Queria que assim sabendo se a gente se quer
Queria me rimar no seu colo mulher
Vencer a vida de onde ela vier

Ganhar seu chegar no chegar meu
Dar de mim o homem que é seu.

.

37 comments:

Marcie said...

Lindo, Roberto!

Rossana Masiero said...

Ando eu tão cética que acho que os amores não resistem ao tempo.
Os eternos o são, porque um dos dois morre enquanto o amor é vivo.

Espero estar enganada...

bjs
Rossana

gagau said...

Fato meu irmão,"Ele não morrerá jamais"só que presisamos dizer mais vezes.Ler teu trabalho e um presente dos deuses me faz mais leve."E VIVA O AMOR E OS AMANTES",bjs no coração deste irmão que TE AMA..

GAGAU

Tania regina Contreiras said...

O Amor....Sim, tão banalizado. Diz-se que se ama quando bate a paixão. Fala-se de amor quando a força do tesão explode. Afinal, o que é o Amor? Entendo que há estágios rudimentares do amor. Entendo que a paixão (que é maravilhosa) ainda é um ensaio, um estágio embrionário do amor. E os chamados grandes amores? Ah, esses são raros. O que chamamos humanamente de amor é também, penso eu, um aprendizado para o verdadeiro AMOR, o AMOR UNIVERSAL. Enquanto isso, que aprendamos a amar o homem, a mulher que escolhemos. Tal qual se promete diante dos padres, por exemplo: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, e que nem a Morte nos separe. Gosto de grandes histórias de amor. Mas creio que o verdadeiro amor é tão grandioso que é generoso. É tão magnânimo e excelso que, se amamos de fato, chegamos ao ponto de abrir mão de vivê-lo se for pela felicidade do outro. Ser amado é o máximo. Mas AMAR, a grande vocação humana, mesmo para os que ainda não descobriram isso, é bem maior, melhor, do que ser amado. Sempre o meu grande pedido aos deuses, ao Universo, foi que me ensinasse a AMAR. Profunda e incondicionalmente. E foi o grande presente que recebi nessa minha existência: ter aprendido a AMAR. Quando a gente aprende a amar de verdade, a perda do amado ou da amada não nos faz querer morrer, mas viver, para continuar amando os nossos irmãos de Jornada. Belo texto, Beto. E uma canção que eu não conhecia e que vou desejar profundamente receber no meu e-mail.
Beijos,

na vinha do verso said...

euteamo

Edson tem razão
palavras juntas
corpos unidos em alma única

Beto, mais uma bela crônica
ótima a história a do Ramúcio

e o poema, então...


ANJO ORTOGRÁFICO

Guardo no meu coração
O melhor guardião que há
Bianca antes e depois de voar
Anjo ortográfico que fico
A imaginar: Bianca cantando
No céu, no chão morreu de encantar
Bianca e sua voz aguda nem grave
Clave de luz que prendeu o tempo
A tempo de me poder mostrar
Pássaro azul de toda cor
Matiz do som, música de batismar...

Guardo no meu coração
O maior ancião que há
Bianca agora e depois de ouvi-la cantar
Pássaro autobiográfico que fico
A imaginar: Bianca sem a palma
De fãs, no palco não pode pisar
Sua história curta nem longa
Trajetória efêmera feito a brisa
De árvore invisível a assoprar
Doce saudade de muita dor
Paz de espírito, grito infinito no ar...

Espia, Bianca
Seu canto é meu canto
Que ninguém vai calar
Confia, Bianca
Meu canto e seu canto
São pedra lapidar

(Pedro Ramúcio)

ÍndigoHorizonte said...

Una bella crónica sobre ese sentimiento bello y fuerte que todos secretamente queremos sentir cuando aún no lo hemos sentido; o revivir, cuando ya lo hemos perdido, más allá de esos tibios amores de verano... Un abrazo grande, Roberto.

Primeira Pessoa said...

Marcie,
quando cê gosta, fico achando que acertei a mão.

Saudades, amiga.

Beijão do

R.

Primeira Pessoa said...

Rossana,
acho que o nome aí é outro: paixão.

que é bão também.

Beijo grande do

R.

Primeira Pessoa said...

ô, gagau...

e tem ainda o amor de irmão, né?
esse que a gente comunga.

Beijão do

R.

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) said...

Beto,
Lembro direitinho Bianca cantando "Rosa" do Pixinguinha, à capela, na derradeira vez em que nos vimos, em Vila Velha, que me remete a "Anabela" de Renato Braz, sempre que leio sua crônica, que é um presente de irmão pra mim, gesto de puro bem-querer-bem...
Sou grato de uma forma que nem posso retribuir, mas te ofereço um muito obrigado do fundo do meu coração: o melhor guardião que há...
E o amor não morrerá jamais, meu irmão...

Abraço e admiração maior,
da rama...

Primeira Pessoa said...

taninha,
c6e escreveu um tratado sobre o tema. pode deixar que lhe envio a musiquinha hoje ainda.

envio com alegria. sei que será apreciada sem moderação...

beijo grande do

roberto.

Primeira Pessoa said...

marquinho,
o edson balinha não é daqueles tempos nossos, em valadares. ele já havia retornado à bahia, quando cê mudou pra lá. mas acho que vocês iriam se dar muitíssimo bem.

o poema do da rama é muito bom. a história do casal, comovente.

sua amizade? coisa mais maior de grande.

beijão,

r.

Rejane Martins said...

Minha vó dizia que pra se conhecer bem uma pessoa é preciso comer uma saca de sal com ela. E é a mais pura verdade.
E lendo tua bela crônica eu digo, Roberto, que o quinto chope é fundamental. :)
Bianca, Marcos, Ramucio e tu, Roberto, provas reais de que o amor tem muitas faces, existe e existirá sempre.
um abraço pra ti,

Primeira Pessoa said...

indigo, mulher de la mancha, fique que olho, que esta semana farei uma postagem com poemas de nosso bardo do norte de portugal.

sua presença entre os meus, um artigo de luxo.

Beijão do

Roberto.

Primeira Pessoa said...

Rejane,
o quinto, o sexto, o sétimo chope...rs
depende da resistência de cada um.
quanto mais bebem, mais filosóficos vão ficando... rs

por mais que eu beba, só arranco cascalhos... mas meus amigos conseguem pérolas brilhantes (com o perdão do trocadilho infame).

abração do

roberto.

Primeira Pessoa said...

da rama, eterno menino que vende zapatos
e semeia trovas...
eu é que tenho que agradecer pela bela bela estória, e pela amizade.

aquela de ontem, de hoje e de sempe.

abração do

roberto.

Anonymous said...
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Primeira Pessoa said...

adriana,
o pedro, pelo que sei, segue vendendo seus zapatos e dando versos e afeto "de grátis"...

adriana, esses robertos não são flores que se cheire... eu não me casaria com um... rs

falando sério? voce vive a vida do jeito que seu coração manda. e nenhum rei, nenhuma rainha, nenhum ninguém é tão justo e generoso quanto o coração de cada pessoa...

mete bronca. mergulhe fundo. a vida é curtinha e daqui a pouco já é sexta-feira.

beijão,

r.

Tuca Zamagna said...

Desse casalzinho que você citou aí no início, Beto, não quero saber nem da sombra. De um deles. Porque saber da sombra dos dois juntas é morte certa!

Do outro - Marcos e Bianca - nem carece saber mais. É só colar na alma e deixar o barato nos levar.

Agora, postar a letra de "Nós dois" sem a música é sacanagem, sô. Só o perdoo porque sei que ocê gosta de mim. Mas devia gostar também do Celso e do Tadeu Franco cantando isso...

Vou caçar e lascar os vídeos lá na sua página do FB, seu FB! (Não vou escrever por extenso o segundo FB, tem muita bela moça de família na sala do seu blog...)

Abração

.maria. said...

o amor é engraçado porque, de tão cotidiano, é raro. é um clichê que todo ser humano quer cometer no próprio discurso, mas apesar de repetido, às vezes não cabe muito bem na boca de quem fala.

a história é tão viva que, lendo sua crônica, quase pude enxergá-la. aí, li o poema e quase desabei. a gente deveria ser proibido de ler antes das oito da manhã.

um beijo!

Jorge Pimenta said...

é incrível como as pessoas se ligam, independentemente da designação, rótulo ou nome dos afetos. e a sensação de perda apenas existe porque o [nosso] mundo se faz de ligações.
quanto de nós morre antes mesmo de morrermos, em todos os nossos pequenos [e grandes] morreres?
belíssima crónica, robertílimo. a relembrar de que massa somos feitos e que qual o nosso projeto de humanidade.

um forte abraço frio frio [que o inverno tem sido seco e de quebrar ossos] deste teu camarada-amigo. tenho andado a ver quando é que há novo concerto dos trovante? :)

Anonymous said...

Em qual blog o Pedro está escrevendo?

Bjo!

Anonymous said...

Meu xará foi triste... kkkk, pensei nisso durante a madrugada.

Primeira Pessoa said...

adriana,
bem no meio da madrugada cê foi lá e capou um roberto, né???

como diria o filósofo kleber bambam, um de meus gurus (ele e pedro de lara), faiz pairte...rs

e tudo me leva àquela letrinha de belchior em que ele dá a saber que, todo sofrimento passa, mas o ter sofrido, não.
a alegria, também, pode entrar nessa dança. não acha?

uai, o pedro ramúcio tá postando no mesmo lugar de sempre. tá meio que de férias, dedicando-se a vender zapatos solamente.

beijo meu,

r.

Primeira Pessoa said...

ô, tuca...
elazinha e elezinho, sei não, meu véio... pra esses dois, da gengiva pra baixo é tudo canela.
sartei!

com relação ao outro casal, é bem o que você falou. é viajar na viagem e ver que a "vida vale viver, mesmo empurrando e tropeçando e o que for".

Eu postei a letra de nós dois com a música, aqui no Primeira Pessoa. eu escuto normalmente, no meu computador... acho que seu computador tá bloqueando. dá uma zoiada melhor. por via das "dívidas", mando em mp3 pro seu email.

beijão do

R.

Primeira Pessoa said...

jorgíssimo,
vamos ajeitar tudo bonitinho, seja aí, seja aqui. mas acho que o próximo encontro tem que ser aqui, você vem, fica em minha casa, euros ganhados no minho não tem validade em new jersey.

dê-se esse presente e eu te visto de jazz, blues, bourbon e bacalhau.

vai querer ou vai correr?

beijão do R.

ps: a maggie me ensinou a fazer o coração no facebook... e eu descobri, ontem, como se manda beijinhos... e já estou me armando em bom... mas é provável que ela já saiba, né? essas crianças de hoje já nascem com o software.

Primeira Pessoa said...

ô, maria,
mas tem pessoa em que a palavra euteamo (porque é uma palavra só, segundo o Edson) fica ainda mais bonita, quando vinda dela.

existem pessoas que quando falam a palavra, parece que um caramelo rola na ponta de sua língua, de tão deliciosamente doce, que fica.

doce também é a sua presença aqui. eu sentia falta de seus comentários sempre muito interessantes.

beijão do

roberto.

Jorge Pimenta said...

robertílimo, meu amigo,
em jersey, em braga ou na china; com trovante ou sem trovas; em polaco ou vietnamita; com porto ou xerez; no douro ou no amazonas. com helena ou penélope; que a geografia seja a da nossa amizade, que é o mesmo que a não geografia por caber em todos os nossos lugares. e isso vai acontecer de novo, porque a obra está incompleta; completa-se nos dias que nos faltam e que nos percorrem. e tantos eles são e serão e voltarão a ser...
a maggie acaba de me mandar escutar o grande mia couto. escuto-o enquanto te falo. é de um humanismo e de uma lucidez incríveis, este homem. e as feridas são tocadas pelos seus dedos e o mundo fica mais claro sob os nossos olhos e nós captamo-lo como uma extensão da nossa própria capacidade de ver. sem medo.
termino com os corações e os beijinhos que tu e a maggie desenvolvem com a maestria da mais complexa das ciências. ri-me à brava com as vossas réplicas lá no facebunda :)

um grande abraço, meu querido amigo, assegurando que sim, quero e vou a correr.

p.s. bom carnaval! eu vou espreitar o cinzentismo de terras de sua majestade por um par de dias. vou num pé e venho no outro. adivinha quem me "encomendou" uma pedra das margens do tamisa? :)

Luciana Marinho said...

deu vontade de ficar quietinha,
ninada pelo amor.

beijos, roberto!

Primeira Pessoa said...

uai, lu...
fica quietinha, então... e deixa essa brisa benfazeja te embalar...
(até agora tô pensando nos pombos azuis daquela praça aí de pernambuco... na minha terra tem - não sei se estão grafados corretamente... rs- sanhaço e bem-te-vi... acho que ambos azuis... mas, pombos? baramba! são brancos e negros e pardos... como os homens, com ou sem paz).

beijão do

R.

Primeira Pessoa said...

jorgíssimo,
é só querer fazer acontecer, que acontece.

e que fique registrado: em vida, você me deve duas viagens.
uma ao brasil, outra praqui, united states of barrack obama.

como cê vai fazer, eu não quero nem saber... venda o gonçalo para uma família israelense, leiloe seus imortais óculos escuros, a camisola encarnada autografado por Eusébio de seu último jogo pelo benfica, os famosos pitons com que Coluna sangrou as canelas de Pelé em 66, ou a sua coleção de discos de antónio variações...

em último caso, sequestre a torres dos clérigos ou a imagem de fátima e peça um vultuoso resgate.

como dizemos em minas: se vira, que cê num é quadrado...rs

eu te espero.

ah, sim, se não achar uma pedra nas margens do tâmisa, surrupie do anel da rainha, quando for beijar sua mão. a minha (MINHA!) amiga raquel merece!

em último caso, se não achar pedra, traga-lhe um pedro...rs

beijão do seu irmão mineiro, o

roberto.

dani carrara said...

histórias assim são boas ouvir sempre.
Lampião e Maria Bonita, bem lembrados.

abraço

Primeira Pessoa said...

dani,
só não pode é colocar garotinho e rosinha na minha mistureba, né?


beijão,
r.

Anonymous said...

Roberto
depois da história que nos contas pensei logo em procurar o Anjo Ortográfico, ainda bem que o Verso Aberto o publicou.

Depois de ler, fizeste-me recordar que o amor é capaz de existir, afinal.
Ah, para mim, o maior par de apaixonados foram o Salvador Dali e a Gala.

beijinho
Laura Alberto
<3

Anonymous said...

ah, já tenho duas pedras de Londres, hihihihi

mudei as pedras que me trouxeste de lugar, uma está por cima do livro do Saramago, A viagem do elefante, para me lembrar que "chegamos sempre ao sítio onde nos esperam"
a outra está junto com alguns brinquedos da minha infância

<3
LauraAlberto

Primeira Pessoa said...

lauríssima, campeã portuguesa de artes marciaais e de fazer amigos que garimpam pedras (rs)... eu tava igual a um maluquinho procurando sua mensagem: encontrei.


a ti, encontrei ha dez mil anos atrás. estás entre os meus tesouros.

beijão do

R.

Anonymous said...

<3

Robertíssimo,

a ti eu conheço muito antes de me conhecer a mim

beijinho
LauraAlberto