Monday, November 14, 2016

Alçapão



Estivemos
Os dois dentro
Do mesmo
Momento

Ruminando
Mágoas
Mastigando
O tempo

E
Bem debaixo
Dos pés
- Naquilo
Que um dia
Chamamos 
 chão -

Escancarando
A nossa ferida,
Abriu-se 
A boca faminta
De um enorme alçapão

8 comments:

Dario B. said...


E assim, de momento em momento, a vida vai nos devorando, pois não?

Tania regina Contreiras said...


Às vezes me pego perguntando se o barco, como dizemos.

Sim, pede uma melodia, uma harmonia: é música boa! <3

Primeira Pessoa said...

nos comendo pelos pés, meu Dario Banas.
Bom mesmo é a sua presença por aqui.

Beijão

R.

Primeira Pessoa said...

eu fico sempre na esperança de que algum melodista se habilite, taninha.
já tenho no embornal uma meia dúzia de cantigas.

beijão

r.

na vinha do verso said...

eis que as bocas estão sendo saciadas de poesia

Primeira Pessoa said...

Bocas famintas.
Bocas do diabo.
Bocas, marquinho.

Bandys said...

..porque te olho e não sei de qual
esquina do céu me chegam os pássaros.
muito menos a boca.
Feliz anoitecer
beijos meus

Primeira Pessoa said...

Isto de comentar com um poema é muito legal Bandy's.
viva a poesia!

Beijão

r.