La Nave Va
conheci alguns calvários
alguns desertos oásis
tive tristeza alegrias
desafios desenganos
porém nada permanente
quando a vida vira a página
quando amanhece de novo
o que deve ser
vive-se
um olhar
um outro canto
o choro outras palavras
eu deixo a porta sem trava
se o amor quiser partir
outro por certo virá
é a vida seu compasso
a medida do possível
eu sorvo cada momento
eu bebo cada gotinha
eu choro rio padeço
repenso minhas fraquezas
aliso as marcas do tempo
deixo a vida dar os passos
voe ou rasteje
prossigo
sofres eu sofro junto
alegro-me quando te alegras
sou aquela caravela
que em plena calmaria
encontrou um norte
um rumo
se a bonança acabar
voltarem o vento e a chuva
um dia chega o estio
:
haverá amanhãs
(Líria Porto, Araguari, Minas)
Sobre.aviso
Se, de fato, é o meu amor que queres
Abrace com intimidade as simples coisas
Não precisas deixar que dobrem os sinos
Anúncios podem assustar um frágil coração
E quanto a mim...
Se ficar escuro, só preciso encontrar tua mão.
Se pular em precipícios é o que me fere
Resistirei aos delírios com toda minha força
Não acenderei fogos que sejam de artifícios
Águas calmas também movem uma paixão
E quanto a ti...
Só me dê beijos que não me deixem dizer não.
Adriana Araújo
(São Luís do Maranhão)
A Música Que Toca Sem Parar:
de Mongol e Oswaldo Montenegro, Como se Estivesse Fora, na voz de José Alexandre.
Me diz como é que faz
Finge que eu cheguei agora
Finge que eu não sei do engano, ah!...
Finge que eu não vi
Me fala sobre mim
Como se eu estivesse fora
Mostra a foto do outro ano,é
Finge que eu não vi
Me roubei da estrela
e é como se eu fosse a luz e ela eu
Vim banhado em cor e a estrela
É o que eu fui e ainda sou em ti
E aí dói tanto vê-la
Como dói hoje olhar pra estrela
Que eu marquei em ti
18 comments:
Nossa, Bob, você publicou duas ótimas poetisas que, além disso, são minhas amigas. Adorei tudo. Bjs, Líria e Adriana. Ah, pra você não ficar triste, Bob, um beijo também.
paulo poeta,
ja que nao consigo produzir nada digno de nota, publicarei as pessoas que admiro.
cê tá na minha alça e massa de mira.
abração do
roberto.
betinho - ói eu - minha nave e meu pirata... risos - obrigada!
gracinha a adriana, né? e os versos dela são mui belos.
besos
como os seus, lírica. até eu voltar a escrever algo decente, ficarei homenageando os amigos que sabem escrever aqui no PP.
cê tem cadeira cativa.
beijão,
r.
a Líria é fantástica, a Adriana não conhecia, mas com essa apresentação encheu-me os olhos,
abraço
p.s. ainda bem que há alento para a desesperança, viver é um desassossego do olhar
pois é, zé de assis... enquanto não tomo vergonha na cara e me reciclo e retomo a escrita, a cada dois dias estarei postando dois autores que admiro por aqui.
a líria é fera, sempre fui fã. e sei que você e ela se sacam (e não é de hoje). já a adriana eu conheço a uns seis meses, ela tem um blog bacana, escreve com propriedade.
beijão desse seu amigo, o
roberto.
Roberto,
a alegria é imensa.
Estar aqui ainda mais pertinho do PP, misturada com suas coisas, com as da Líria... A alegria é mesmo imensa!!!
Obrigada!
Beijo grande,
Adriana
P.S.: Um cheiro na Líria.Poesia linda:
"o que deve ser
vive-se"
a alegria é minha, adriana, poder compartilhar e apresentar "uns" aos "outros"... "umas" às "outras"...
afinal,
essa é a minha sina, juntar iguais.
já faz alguns meses que eu queria postar um poema seu aqui. calhou de ser agora.
seja mais que bem vinda ao PP.
beijão do
roberto.
Têm flores pra vc em meu blog...
Bjo!
eu as colherei, adriana...
eu as colherei...
Delima,
Feras feríssimas, a Líria e a Adriana: belo cardápio; menu de primeira, mano...
Se não me engano, o Zé Alexandre participou do últino festival (2010) que rolou aqui no Valadão: é fera também, o moço...
Cê sempre de antena ligada, antena da raça: nóis no lucro sempre, os que passeamos a alma aqui...
Abração, da rama.
Nas nosas escolhas há sempre um tanto da gente, Roberto, não é? E certamente nas duas ótimas poetas há algo de Roberto, mas algo de nós que lemos e gostamos. Acertou na escolha.
Beijos pros três!
taninha,
so tenho me fodido com as minhas escolhas...rs... lembre-se: eu torço para o cruuzeiro, de belo horizonte.
mas essas aqui, são pedra 90...
admiro demais essas duas moças.
beijão,
r.
o zé alexandre no valadão?
como diria aquele meu amigo veadíssimo, fiquei beige....rs
sou fã do cara.
que - tanto anos depois - parece ainda não ter achado o fio de sua meada...rs
ou, é isso mesmo...
eu ja achei o meu. e ta doendo mais que trinta injeçoes de benzetacil (aquela que tomam pra doenças sexualmente transmissíveis e que nào pega no sabonete, como querem nos fazer crer).
dói.
e pronto.
beijão,
r.
líria eu já conheço a beleza da poesia (que começa em seu luminoso semblante de "grandes olhos admirados") e a adriana foi a descoberta. poemas de imensa singeleza... beijos!
são duas esxcelentes poetas, lu.
aliás,
tem uma turma bacana semeada por aqui.
é ajudar que frutifiquem, divulgando, sempre.
beijão do
r.
Quatro preciosidades, Roberto. Os dois poemas e as duas poetas. Liria, a conheci há pouco, no Facebook, mas com ela já iniciei um flerte promissor. Adriana já é caso antigo: de blog a blog, me poliniza com requinte e paciência há quase dois anos.
Abraço
tuca,
fico feliz que tenha apreciado. acompanho suas coisas, ainda que à distância.
fico feliz que aprecie minhas escolhas, e me algra muito que sejam pessoas de seu convívivio.
achei lindo o cachecol que confeccinou para o nosso assis.
ele merece todo o ouro, todas as flores.
você é moço sensível.
sua presença nesse minifúndio de afetos é motivo de alegria.
saiba!
abração do
roberto.
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