Monday, August 29, 2011

Um Belo Poema de Tavares Dias

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A Vida Toda Em Flor


Para Kikina


Formosa companheira que me acalma os dias,
que me encurta as tardes e me encanta as noites:
desça-te sobre a fronte a água fresca da Vida,
a revelar-te o Tempo e a te acalmar o peito.
Senhora dos meus cuidados e dos meus suspiros:
que ais tens ouvido, que amor me tens dado.
Não te falte o chão, seja leve o fardo.
Plena seja a vida, reta seja a estrada.
Musas povoem teu sono tranqüilo.
Crianças te tragam presentes risonhos.
Floresçam gerânios por entre os teus passos.
Espinhos não vejam cruzares teu rio.
Do Amor verdadeiro tomados sigamos,
ó bela senhora que eu quero e hoje tenho.
Passantes vislumbrem, na nossa morada,
a Luz acesa, aberto o peito, a vida toda em flor.



A Música Que Toca Sem Parar:

Talvez Seja Real, de Fausto Nilo e Geraldo Azevedo, na voz do segundo, Talvez Seja Real:

Parte de mim que faltava
Tanto eu esperava
Te ver
Olhando o tempo
Eu e você
O impossível
Vamos viver
Ilusão
Eu duvido
Talvez seja real
Chegou
Por quanto tempo
Amanheceu
O impossível
Não é pecado
Tire os olhos da parede
Abra as janelas do quarto
Como a laranja e a sede
A gente ainda vai se encontrar
Como a laranja e a sede
Abra as janelas do quarto
Tire os olhos da parede
E essa parte de mim separada
Talvez seja real
Chegou
Por quanto tempo
Amanheceu






11 comments:

Tania regina Contreiras said...

Belíssimo poema, imagem que é um sonho...e essa música que toca e nos toca: profundamente! Belo post, Beto!
Beijos,

Unknown said...

talvez seja real este caminho lúdico para os amantes, enquanto passante trago somente na algibeira um fardo

abraço daqui para o habitante da terra que treme

EXPEDITO GONÇALVES DIAS said...

Esta música do Fausto Nilo e Geraldo Azevedo está me perseguindo hoje.
Já passei em dois blogs e as vi. Já baixei aqui para ouvir amanhã, quem sabe, várias vezes ao dia...
Grande abraço!

Wilson Torres Nanini said...

Todo desejo sincero de alegria e contentamento habita esse poema.

Somente um coração obeso de compaixão como o teu para nos presentar com isso.

Forte abraço!

Cissa Romeu said...

Roberto,
recordei-me de uma música aqui dos pampas gaúchos, cuja letra é de Sérgio Napp e interpretada por Eraci Rocha: "Morada".

"...essa hora em que se dorme com a alma enluarada, é a hora em que me tomas e me fazes de morada."

Abraços.

Luciana Marinho said...

poema e música se encontram num amor gentil e doce. muito delicados.

beijoca, roberto!

Maria Marluce said...

Parabéns! amei tudo que vi por aqui, principalmente a delicadeza do perfil. Voltarei para ler suas crônicas. Certamente encontrarei em um dos seus blogs.

Maria Marluce said...

Emocionante! Gosto da sutileza com que Geraldo Azevedo escreve. Grata por seguir o blog. Bom final de semana, cheio de inspiração.

Luciana Marinho said...

diálogo sobre o amor gentil e doce.

beijão, roberto!

Bípede Falante said...

Essa criatura balançante sobre as suas palavras é do Wings of desire, não é??

tavares dias said...

esse negócio de quem sou eu, lá em cima, é das mais raras páginas de poesia em prosa que tenho visto.

falei.

tavares dias.