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A Vida Toda Em Flor
Para Kikina
Formosa companheira que me acalma os dias,
que me encurta as tardes e me encanta as noites:
desça-te sobre a fronte a água fresca da Vida,
a revelar-te o Tempo e a te acalmar o peito.
Senhora dos meus cuidados e dos meus suspiros:
que ais tens ouvido, que amor me tens dado.
Não te falte o chão, seja leve o fardo.
Plena seja a vida, reta seja a estrada.
Musas povoem teu sono tranqüilo.
Crianças te tragam presentes risonhos.
Floresçam gerânios por entre os teus passos.
Espinhos não vejam cruzares teu rio.
Do Amor verdadeiro tomados sigamos,
ó bela senhora que eu quero e hoje tenho.
Passantes vislumbrem, na nossa morada,
a Luz acesa, aberto o peito, a vida toda em flor.
A Música Que Toca Sem Parar:
Talvez Seja Real, de Fausto Nilo e Geraldo Azevedo, na voz do segundo, Talvez Seja Real:
Parte de mim que faltava
Tanto eu esperava
Te ver
Olhando o tempo
Eu e você
O impossível
Vamos viver
Ilusão
Eu duvido
Talvez seja real
Chegou
Por quanto tempo
Amanheceu
O impossível
Não é pecado
Tire os olhos da parede
Abra as janelas do quarto
Como a laranja e a sede
A gente ainda vai se encontrar
Como a laranja e a sede
Abra as janelas do quarto
Tire os olhos da parede
E essa parte de mim separada
Talvez seja real
Chegou
Por quanto tempo
Amanheceu
11 comments:
Belíssimo poema, imagem que é um sonho...e essa música que toca e nos toca: profundamente! Belo post, Beto!
Beijos,
talvez seja real este caminho lúdico para os amantes, enquanto passante trago somente na algibeira um fardo
abraço daqui para o habitante da terra que treme
Esta música do Fausto Nilo e Geraldo Azevedo está me perseguindo hoje.
Já passei em dois blogs e as vi. Já baixei aqui para ouvir amanhã, quem sabe, várias vezes ao dia...
Grande abraço!
Todo desejo sincero de alegria e contentamento habita esse poema.
Somente um coração obeso de compaixão como o teu para nos presentar com isso.
Forte abraço!
Roberto,
recordei-me de uma música aqui dos pampas gaúchos, cuja letra é de Sérgio Napp e interpretada por Eraci Rocha: "Morada".
"...essa hora em que se dorme com a alma enluarada, é a hora em que me tomas e me fazes de morada."
Abraços.
poema e música se encontram num amor gentil e doce. muito delicados.
beijoca, roberto!
Parabéns! amei tudo que vi por aqui, principalmente a delicadeza do perfil. Voltarei para ler suas crônicas. Certamente encontrarei em um dos seus blogs.
Emocionante! Gosto da sutileza com que Geraldo Azevedo escreve. Grata por seguir o blog. Bom final de semana, cheio de inspiração.
diálogo sobre o amor gentil e doce.
beijão, roberto!
Essa criatura balançante sobre as suas palavras é do Wings of desire, não é??
esse negócio de quem sou eu, lá em cima, é das mais raras páginas de poesia em prosa que tenho visto.
falei.
tavares dias.
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