Tuesday, October 30, 2012

peixes fora d'água...


nós, que respiramos nesta região deste hemisfério ficamos assim, como este barco, após a passagem do furacão, na noite de ontem.
e hoje foi dia de reagrupar, de contar os mortos e olhar além.
felizmente,
amanhã começa um dia novinho em folha e eu prometo fazer a minha parte.
quero escrever um novo capítulo a partir deste marco zero e, sem ressentimentos ou choramingos, tecer um texto branco como a flor de fibra que, em algum lugar,  desabrochou hoje da semente do algodão.
sobrevivi.
estou aqui para contar.
e não estou sozinho.

beijão do

r.

foto da associated press: barco arrastado até trilho de trens em Ossining, Nova York

25 comments:

Unknown said...

Sorte e felicidades.

Bípede Falante said...

que todos façam a sua, e o manto branco da paz se estenda além das nuvens, e você seja um homem muito muito feliz...

Anonymous said...

Que bom que você postou, cruzeirense!

Vou parafrasear um versinho do Assis:

"porque você é feito de junco"

Mil beijos!

Trilhamarupiara said...

Olá amigo, dei uma volta agora nas suas ultimas postagens enquanto ainda aguardava a chegada do furacão, lamento muito por todos que estão passando por este transtorno! Fico aki solidária, logo tudo voltará ao normal! Abraçosss

Tania regina Contreiras said...

Ah, Beto...fiquei aqui vibrando para tudo isso passar. Dê notícias sempre.
Beijos,

Primeira Pessoa said...

janice,
o por já passou.
É olhar pra frente. Reconstruir.
Abração do

r.

Primeira Pessoa said...

que nada, adriana...
sou feito de medos e incertezas.
como quase todo mundo.
beijão cruzeirense do

r.

Primeira Pessoa said...

kellen,
a solidariedade é uma das maiores virtudes do ser humano.
sinto-me confortado por suas palavras.
sinto-me melhor.

bejão,

r.

Primeira Pessoa said...

taninha,
foi feia, a coisa.
ainda estamos contabilizando as perdas e tentando fincar melhor os pés sobre o chão.
beijo grande,
r.

Carlos Eduardo da Maia said...

Prezado Roberto, sinto muito pelos comentários que fiz no Mínimo Ajuste. Morei nos EUA, no Oregon, em 1977, e sempre fui fã e defendi o modelo da sociedade americana, um país muito parecido com o Brasil. Diversas vezes fui criticado por isso e, pela primeira vez na vida, alguém me chamou de antiamericano. Claro chamei de espetáculo uma tragédia que te abalou diretamente. I'm Sorry. Piece on Earth. Abraço

Muito legal este teu lugar.

Primeira Pessoa said...

Carlos Eduardo, como eu disse no Mínimo Ajuste,
está tudo certo.
Página virada, vida que segue para todos nós.
Saudações do
R.

Dois Rios said...

Ainda que com todos os medos, sustos, prejuízos e transtornos...ainda assim estou feliz porque ficaste, continuaste e estás aqui de novo conosco. Bem-vindo, sempre querido R.

Beijo,

Vento said...

trago-lhe meu abraço, Roberto.

andando por aí tenho lido que você "está bem" no meio de tanta tragédia, da qual a maior dimensão encontrei neste registo que aqui te deixo, de um blog amigo, e se já muito tinha visto, desta feita fiquei aterrada

Frankestorm Sandy - the most viral images

nem sei que te diga, Roberto
parece o fim do mundo a chegar, sempre que acontece algo assim.
então eu digo-te
abraço no teu coração

maria

Primeira Pessoa said...

inês,
a gente vai levando.
três dias sem luz e a gente se descobre dependente demais da internet, da televisão e dos aparelhos eletrodomésticos.
quando a luz voltar eu me prometi um banho de banheira, daqueles bem longos, com o ipod enfiado dentro do ouvido escutando um new age qualquer.
tá osso!

beijão,

r.

Primeira Pessoa said...

abraço recebido, registrado e apreciado, maria.
abraço retribuído, também.

daqui a pouco este pesadelo finda e a vida volta a andar pra frente, como estamos acostumados.

grato pela solidariedade, volte sempre.

abração do

r.

Primeira Pessoa said...

abraço recebido, registrado e apreciado, maria.
abraço retribuído, também.

daqui a pouco este pesadelo finda e a vida volta a andar pra frente, como estamos acostumados.

grato pela solidariedade, volte sempre.

abração do

r.

Primeira Pessoa said...

estamos pelejando, bípede.
como eu li naquele parachoque de caminhão, felicidade não existe:
existem momentos felizes.
o segredo, eu acho, é valorizar mais estes momentos maiores, do que os outros, menores.
é mais ou menos por aí.

beijos do
r.

cirandeira said...

Roberto, mesmo de longe te envio um
grande abraço de solidariedade e o
meu desejo sincero de que tudo se
normalize, que voltes a escrever
aquelas crônicas maravilhosas!!!

um beijo

Andrea de Godoy Neto said...

o que fica depois de uma tragédia, sempre fica mais forte, ressignificado.

bom saber notícias por aqui.
beijo, beto

Primeira Pessoa said...

cirandeira,
já estou retomando a escrita, aos bocadinhos.
daqui a pouco, tudo volta ao normal.

a luz acaba de voltar.
vou cozinhar, beber um vinho... vou fazer uma "vaca atolada", iguaria altamente calórica lá das terras altas de minas gerais.

e cê tá convidada.

beijão,

r.

Primeira Pessoa said...

dea,
amiga querida.
é como sempre lhe digo: quando cê desaparece daqui, fico achando que fiz algo errado pro mundo... que eu sou o responsável pelo aquecimento global, pela alta do dólar na argentina e pela campanha pífia do meu cruzeiro.

que bom que cê reapareceu por aqui.

beijão do

r.



Tatiana said...

Roberto, que bom que o susto passou. Aos poucos, tudo voltará ao normal. Há sempre um jeito de ver a tragédia pelo seu melhor ângulo: meu filho (East Hampton) comemorou que ficou 4,5 dias sem tomar banho, ou seja, no paraíso!.. e cada um com seus sonhos. rsrs

Primeira Pessoa said...

seu filho jogou no meu time... ja tinha um bando de corvos me sobrevoando, tati.

bom mesmo é te ler em meu bloguim.

beijão do

r.


ps: adorei o seu poema. sem bajulação, um dos melhores que li em muito tempo sobre o tema. é poema para livro.

Tatiana said...

Roberto! Pois então saiba que em tua homenagem, vou colocar este no livro que estou inscrevendo na Petrobrás Cultural, sobre assuntos da brasilidade, com fotos e poemas. Não tinha dado muito por este, mas se dizes que é bom eu vou acreditar, que nao acredito em Santo, mas em Pessoa que sabe das coisas sim! ;) e ainda fico lisonjeada :)))

Primeira Pessoa said...

ja estou me sentindo importante... todo homenageado...rs

mas, sim... é sério: gostei do poema.
gostei da forma como foi construído e da sua misturança branca no sentir e pensa... tudo alinhavado com habilidade em cima de cada linha.

quem escreve nas entrelinhas é porque não sabe ser claro, transparente, conciso...

pronto: falei!