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Uma Canção Para Dona Glória
Não vi que ela chegara de surpresa, momentos antes de eu emitir aquele sonoro palavrão.
Coisa corriqueira, uma dessas bobagens de trabalho, em que a pressão do “dead line” acaba levando a melhor sobre o bom senso e a razão.
O telefone tocava insistentemente e ninguém atendia.
E eu, que dava os retoques finais num texto qualquer, fui perdendo gradativamente a concentração e a paciência.
Visivelmente - leia-se audivelmente - irritado, gritei de minha sala:
- Atende essa porra aí…
Segundos depois, quando saio da sala para buscar um café, a cara quase caiu no chão, tamanha a vergonha.
Dona Glória estava lá, quietinha, sentada numa posição característica de “vó” (as pernas cruzadas, uma mão sobre o joelho e a outra mão postada em cima), com cara de quem estava fazendo de conta que não havia testemunhado tamanha grosseria.
Bem feito, terão pensado meus colegas de trabalho. Bem feito!
Fiquei desconcertado.
Extremamente desconcertado.
Mas fui lá, e fizemos as apresentações formais.
Dei-lhe um abraço, ganhei outro. Muito mais fundo. Um abraço maior.
No abraço de avó Glória veio o abraço de todas as avós do mundo e uma esperança de que meu dia iria mudar.
Que minha vida iria mudar.
E eu, aquele sujeito estressado que acabara de cometer uma enorme grosseria, senti-me perdoado ao ser abraçado por ela.
Senti na hora que não iria para o paredão.
Que não iria para o pelourinho.
Que não haveria cadeira elétrica, prestação de serviço comunitário ou outro degredo qualquer.
E que meu destempero havia sido compreendido, embora tudo ali tivesse sido devidamente registrado na caderneta de más-ações.
Não cheguei a pedir desculpas, creio eu. Bad boy!
Aquele nosso abraço, que durou alguns segundos e pareceu eternizar-se como uma das coisas boas dessa vida, transpôs-me a um lugar bonito, muito distante dali.
No abraço de vó Glória veio uma sopa de legumes num dia de gripe e febre.
Veio uma bandeja de quindins, brigadeiros e biscoitos de polvilho.
Veio um embrulho colorido com o meu nome escrito, sob uma árvore de natal.
Veio um dia ensolarado.
E um entardecer vermelho, com o sol se derretendo, lentamente, nas águas claras do rio.
Veio o som de um radio ao longe, na hora do ângelus, tocando a Ave-Maria.
Veio a lembrança de um bichinho de estimação que bem poderia ser um coelho branquinho, de olhos encarnados; um gato rajado ou um cãozinho vira-latas, daqueles que nos seguem o tempo inteiro e se deitam ao pé da cama.
Veio a imagem de um campinho de futebol, de gramado verdinho e traves feitas de bambu, com um monte de meninos pretos e brancos e pardos correndo atrás de uma bola alaranjada.
Veio a algazarra de crianças na hora do recreio.
E o canto de uma cigarra.
Veio um carrinho de rolimã desembestado descendo a rua, um embornal recheado de bolinhas de gude, um peão e um ioiô.
Veio um pé de fruta, carregado de delícias de toda cor.
Pitangas vermelhas, cajus amarelos, laranjas douradas.
Carambolas. Jambos. Graviolas. Pequis. Mangas. Cajás.
No abraço dela veio um ‘corguinho’ cheio de lambaris e carás, mandis, traíras, cascudos e piaus.
Veio uma árvore apinhada de passarinhos, canários-do-reino, tizius, sanhaços e bentevís.
Veio o telhado de uma igreja coalhado de andorinhas.
E um solo de curió.
Veio uma estrada de chão cortando a paisagem, e um Jipe Rural em plena trajetória, levantando a poeira.
E veio também uma chuva de verão, respingando tudo, renovando a vida e deixando no ar a fragância de terra molhada.
No abraço de vó Glória veio a primeira comunhão e a roupa nova, a camisa de tergal ainda com cheiro de loja, a calça-curta, o sapato “colegial” e a meia branca até o meio da canela.
Veio também o primeiro dia na escola. E um sorriso orgulhoso no dia da entrega do diploma do curso primário.
Veio um almoço de domingo, em família, com direito a macarronada, frango de “televisão de cachorro”, maionese, e uma soneca coletiva.
No abraço de vó Glória veio ainda uma blusa de lã, que ela mesma teceu, absolutamente compenetrada, gangorreando numa cadeira de balanço.
Veio também a esperança de que eu viesse a ser, no momento certo, e apesar de todas as carências e deficiências, um homem bom.
Um homem que soubesse pedir desculpas.
Que soubesse pedir perdão.
E é o que tento fazer até aqui.
É essa a intenção, apesar de todo o atraso, nessa crônica-pedido-de-desculpas.
Vó Glória, desculpa! Foi mal.
Desde aquele dia, tenho procurado me comportar melhor.
Foto: ternura de criança, Bebel e Cissa... meus dois bebês.
A Música Que Toca Sem Parar:
Egberto Gismonti e Cristiana Legrand, de autoria dele, Cristiana.
40 comments:
E ela, cadê? Com essa crônica, ficará mais que desculpado.
Abraços.
Roberto
tania
dona gloria era leitora do jornal. vinha visitar os netos nos eua e ficava telefonando pro jornal com palavras dulcíssimas... dizia gostar de minhas cronicas... enfim, queria me conhecer...
fizeram os arranjos para que ela fosse à redação me conhecer e não me anunciaram que ela havia chegado e já me aguardava na recepção... aí, mandei ver no "atende essa porra aí"...rs
imagino a decepção dela...rs
ela andou escrevendo uns emails, mas depois sumiu.
encontrei-a, por acaso, recentemente, numa de minhas ultimas idas a BH, no aeroporto de confins... senti que alguem me seguia e fingi não ver...rs
parei pra um cafezinho com pào de queixo numa daquelas lanchonetes de aeroporto e ela abancou-se ao meu lado:
- não pede mais a bênção à sua avó....???
rs
uma vez mais, pisei na bola...rs
mas abracei-a... ela bebeu uma água mineral comigo e segui meu destino...
ela é uma linda!
É interessante isso, ver nossos ídolos de perto, aqueles de quem gostamos através dos textos, da música, da arte...e aí os vemos de perto, são normais, mandam à merda, "atende essa porra aí"...e enfim, às vezes decepção, às vezes o prazer grande de vê-los intimamente normais, que foi o caso, e isso é bom, né?
Sua crônica a avó Glória lembrou-me uma vovozinha que conheci há anos na Chapada Diamantina... Vou escrever sobre ela hora dessas, já morreu e como queria: na Natureza e com seus dois cachorros - Oriente e Horizonte (olha os nomes que maravilha!) -, o gato e as galinhas.
lembrei dela, sei lá por que, quando li sua crônica.
Abraço,
T.
Minha nossa, não sei o que houve, estou chorando...
Aliás, eu sei, além da forma linda de pedir desculpas à dona Glória, toda a descrição das tuas lembranças me proporcionaram uma viagem muito gostosa...quando percebi, o sal das lágrimas já me tocava os lábios. Além de saudosista de dar dó, rsrs, eu me identifiquei muito com tuas recordações.
Mas de tudas, estas aqui foram coincidências demais:
"Carambolas. Jambos. Graviolas. Pequis. Mangas. Cajás.
No abraço dela veio um ‘corguinho’ cheio de lambaris e carás, mandis, traíras, cascudos e piaus."
Como pode isso? rsrsrs
Eu do MA e você de MG, pensei que estes peixes só tinham pela nossa baixada (eu adoro todos citados), inclusive me espantei pelos nomes deles, que normalmente mudam de região pra região.
Adorei!!!!! Texto lindo...
Que loucura, você já me seguia e eu não sabia como chegar até seu blog só pelo quadro de seguidores (parece mentira tamanha ignorância, rs), mas na verdade foi mais pela falta de hábito de acessar blogs por este meio, é que normalmente as pessoas deixam um comentário (aí sim fica fácil ir ao blog de quem passou a me seguir) e você não deixou. Só a partir de hoje que comecei ler seu blog.
Quanto tempo perdido...pois amei o que vi.
Parabéns, abraços,
Kenia Araújo.
Bravo, Roberto.
Fiquei com um nó na garganta.
Belíssimo texto.
Vó Glória é a vó de todos nós.
Suas citações da infância me remeteram à "Fazenda", música de abertura do Geraes (1976), do mestre Bituca e Clube da Esquina.
A trilha do Gismonti também é de pirar o cabeção.
Em tempo: parabéns pelas filhotas.
São lindas.
Forte abraço, mermão.
Lindo.....
Beijo
tania,
a vida foi muito generosa comigo. à medida que fui adentrando nela, pude me aproximar de muitas pessoas que admirava crescendo. proce ter uma idéia, o escritor que eu mais curtia (pela sua inquietude, pela maneira om que colocava suas idéias...) acabou se tornando uma espécie de mentor pra mim.
na música foi a mesma coisa...
no final do dia, é tudo a mesma coisa pra mim, é tudo mel do mesmo tacho. sabe como?
sei que cê sabe....
beijo imenso proce.
roberto.
que jeito lindo de pedir desculpas essa cônica que faz a gente se perder, numa imersão e tanto, lá pelo país da infância e, voltando à tona, já somos outros...um pouco melhores
a foto das tuas meninas é uma lindeza!
beijo pra ti
esta crónica não é para a vovó glória,apenas, amigo roberto, mas também para a avó guiomar, para a avó luz, para a avó fernanda, para a avó luci e para todas aquelas que ajudaram a bordar a malha da integridade, do companheirismo, da solidariedade, do respeito, da responsabilidade e, sobretudo, da capacidade de amar e de ser amado.
p.s. a minha geração teve sorte: ainda cresceu com as avós ao lado...
um abraço, amigo!
jorgíssimo, isto porque você não conhece avó rita, que me alfabetizou.
avó rita tinha as canelas mais cabeludas do reino feminino... e me colocava pra rezar pra nossa senhora aparecida quando eu não fazia as lições de casa.
dona rita, uma de minhas mulheres, definitivamente....
abração procê, poeta bracarense.
andrea,
aprender a pedir desculpas é um trem danado de difícil...
é quase tão difícilquanto aprender a mudar de idéia... isso sim, é uma trabalheira do cão...
bom te lea qui,..
as always...
beijão,
roberto.
E na ternura de um abraço de vó não há coração que não se aquiete, nem lembrança que não reviva. Elas sempre nos trazem o edredon quentinho juntinho com um beijo na testa. E nos derretem.
Lindo e terno, Roberto. Deu saudade das minhas velhinhas que já voaram de encontro ao sol. Mas daqui de dentro elas não saem nunca.
Beijoca, querido.
Delima,
Hoje, antes de ler sua crônica cheínha de ternura e paz (aliás: pazes, pedido de desculpas, essas coisas que lavam a alma de qualquer cristão...) teve Dori Caymmi, Zé Renato e o Renato Braz, acompanhados de Sizão Machado no baixo, no programa do Rolando Boldrin (com direito à citação do seu também amigo, Brezin). Cê assistiu, poeta?
Eu perderia o programa, se o Robinho não ligasse me acordando, ele apaixonado das mesmas coisas que nós. Mas ganhei o dia, quase querendo entrar na telinha da Tv; a musa-esposa é que me segurou, desconfiada da minha sanidade mental numa fria manhã de domingo. Faz frio no Valadão, cronista: vinte graus de arrepiar...
Falando do programa: quanta afinação, quanta delicadeza! Também pudera, aquilo era mesmo papo de passarim...
(Agora vou dar carona pruns amigos até o Elvamar, bairro lá das imediações de San Remo, território da sua jurisdição...)
Depois a gente papeia mais, inté...
Abração,
Darrama.
Leio essa crônica e me emociono com o que um ser humano é capaz de provocar com simples presença de alma e o quanto nos esquecemos dessa nossa função uns com os outros em todos os momentos, sendo portadores de sensaçõs diversas...Que possamos descobrir esse abraço que traduz tanta simplicidade e beleza!
Aí: ler você me estimulou a postar, dona Glória veio assim mexendo nas lembranças. Olha lá: roxo-violeta.blogspot.com
Abraços,
T.
Dona Glória é um símbolo da grande mãe, aquela que não julga, que é afeto e perdão. Muito bonita tua crônica, Roberto, e eu vejo Dona Glória em uma tia minha, maravilhosa, toda amor, tradição no melhor sentido da palavra, tradição do simples, do que tem fé, e, sobretudo, amor.
Grande abraço, meu amigo, ótima semana pra vc.
Esqueci de dizer, belíssima foto de tuas filhas, Roberto.
kenia,
estava respondendo os posts quando demos por conta de que nina, uma das cachorrinhas da casa fugiu de novo.... e foi aquele pandemônio... vez por outra ela prega destas peças... enfim... é sempre um pequeno caos...
o brasil é imenso e tão igual, seja em minas, seja no maranhão... e, quanto mais interior, mais brasil e mais igual... es te é o ponto de convergência para a maior parte de nós.
fico feliz que tenha gostado do texto. e, agora que já descobriu o caminho, faça uso e gáudio deste espaço.
tem uma turma muito legal que se encontra aqui pra dois dedinhos de prosa.
seja bem vinda.
grande abraço procê,
do
roberto.
tania,
muito legal o seu texto no roxo-violeta.
achei fantástica a estória da vovozinha da chapada diamantina.... e o nome dos cães dela é de uma beleza (e uma sutileza) de se tirar o chapéu.
vou postar no seu blog.
antes, precisamos achar a nina... são mais de 10 da noite por aqui e ela continua desaparecida... ja rodamos por tudo e, por enquanto, nada...
beijão procê, tânia.
rita,
abraço de avó... biscoito de avó... presente de avó... conselho de avó...
e nem precisa ser a nossa.
acho que avó - mais até do que mãe - é o mais universao dos seres humanos.
fico feliz de te ver por aqui.
beijão do
roberto.
magnólia,
você que andava sumida...
você que deixa este cantinho perfumado quando passo por aqui.
passei no Primeiramente anteontem... tá lindo demais o blog.
beijão procê,
r.
ué, um dejavu.. cliquei no link de seu blog em outro blog e dei numa crônica sobre o raul, tentei comentar e não consegui. deixei para fazer mais tarde, qdo voltei não encontrei mais..rs
qquer maneira. gostei demais dela. só me perdoe se destarantei de vez e não foi aqui que li. (podia jurar que foi)
bsos
ragi moana
foi aqui sim, moana...
despostei a cronica que era, na verdade, uma repostagem...
voce poderá encontrá-la uma pouquinho mais atrás, aqui mesmo no blog.
e...
não, você não bebeu...rs
quem bebeu foi o raul... rs
fernando,
essas mulheres sao incriveis... dotadas de uma sabedoria e de um senso prático desconcertantes...
fico grato pelas palavras carinhosas... você, esse "lorde" do sul de minas... capaz de palavras generosas...
sua presença aqui me traz imensa alegria. saiba disto.
abraço do
roberto.
ps: minhas pequenas? meu xodó!
da rama,
o show foi ontem. Papo de Passarim... ainda não falei com renato. o telefone aqui de casa tá bichado desde ontem.
participei de uma gravaçao do Senhor Brasil, ha dois anos. pra mim, foi um trem medonho de bonito... desde meninote eu queria ver de pertinho (é o mesmo formato do Som Brasil, das manhãs de domingo na globo... lembra?)... e o boldrim é uma lenda... e faz o programa com uma naturalidade tremenda... se repetiu duas falas, foi muito...
ô, temos que levar o renato ao valadão.
ele é doido pra cantar aí onde cresci... falamos sempre nisto...
temos que fazer acontecer.
elvamar?
uai... num é na minha jurisdição... não... no meu tempo, o mundo acabava na vila dos montes...
beijão, da rama
sylvia,
tava procurando uma coisa, no que te lia, que melhor retratasse a avó...
"edredon"... esta é a melhor imagem... quero crer... conforto, calor... abrigo...
e, dizem, avó é mãe duas vezes, né? quem sou eu pra discutir.
é muito bom te rever por aqui.
beijão procê,
r.
paulo poeta,
tenho tres filhas: emilia, isabella e clarice... às vezes fico olhando pra elas, admirado... caramba... elas tem vida própria... isso me faz uma enorme confusão... eu que as pensava uma extensão de mim...rs
bobagem, né?
fico feliz de te ver fã do clube da esquina. também sou. continuo sendo. e aquela tuma não tinha a menor noção do estava fazendo com uma legião de jovens (hoje, ex-jovens...como você e eu...)...
um dia te levo a bh e te mostro o esqueleto disto tudo... te mostro a "planta"... aquilo que os americanos chamm de the blue print...)...
cê vai se arrrepiar, tenho certeza..
porque foi tudo simples e natural.... até demais...
beijão procê, poeta.... do seu amigo
roberto.
mais que tudo esta foto retrata a beleza - é a glória!
besossssssss
uns piteuzim, né? rs... por enquanto, só dão despesas...
ô, lírica... glória é a vovozinha...rs
Que beleza as princesinhas. Criança é alegria mesmo quando triste. Sobre esse negócio de se comportar melhor eu sempre prometi, mas quase sempre esquecia a promessa. abração
assis,
criança é o melhor trem do mundo... fazem cada pergunta foderosa... no outro dia bebel, que tava começando as aula de catecismo...perguntou a idade de Cristo... pensei, respondi: 2010 anos...
ela riu e concluiu: velho pra caramba, né?
assenti com a cabeça, ela deu uma gargalhada matreira e emendou:
- se Jesus que é filho tem 2010, imagine quantos anos não terá o pai dele, Deus....
quanto a me comportar... so posso dizer que quebrei muitas promessas... e sou daqueles que pensam que promessa é um trem pra ser cumprido... de A a Z...
beijão procê, zé de assis!
roberto, já vim aqui umas quatro vezes ler e ver estas belezuras. e não me canso e só vejo amor e ternura. e eu não preciso de mais nada...
beijos.
Roberto
Essa é uma das crônicas mais bonitas que li nos últimos tempos.
Me veio a mente, cheiros, texturas, cores, sabores e deliciosas brincadeiras de criança.
Me deixou com saudades de mim...
bjs
Rossana
A gente não é - e não pode querer ser - perfeito.
Mas saber pedir desculpas é essencial.
Beijão.
sou a vovozinha... risos
besosssssss
a gente não é... perfeito...
mas pode se melhorar muito....rs
beijão, J.
vovozinha. líria?
ce ta muito mais pra loob mau...rs
beijão
r.
ps: bela noticia, aquela de ferreira gullar. vibrei!
rosssana,
fico muito feliz que tenha gostado do meu invento.
sou um escravo da saudade, de mim que fui e de mim que sou...
sou um poço de saudades...
bom demais é te ver por aqui.
beijão do
roberto.
nina,
amor, ternura, delicadeza, companheirismo,afinidade, gentileza, amizade, carinho....
putz....
queria um embornal cheinho disto tudo... pra distribuir entre os meus...
beijao procê do
r.
Pensei que ninguém saberia descrever o abraço de vó, mas aí, tem vc, né, poeta? Que sabe descrever tudo que vê e sente de forma tão doce.
Adorei a foto dos bebês, e um prazer poder ler mais um escrito teu!
Te mando um abraço de amiga, que não é como o de vó, mas é carinhoso tbm =)
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