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Vivendo vidas alheias
Peter Pantoliano, meu amigo querido, telefona do carro.
Ele está escutando um programa no rádio em que os ouvintes ligam dizendo o nome de alguma personalidade, que eles gostariam de ter sido numa vida passada.
Em alguns casos, dependendo da idade do ouvinte, a ele é facultado o direito de trocar de identidade com alguém ainda vivo, ou um defunto relativamente fresco.
Incentivado pelo amigo, sintonizo a rádio e uma mulher de voz cansada relata sua vontade de ser Ava Gardner.
Outra quer ser Marylyn Monroe.
“As louras se divertem muito mais”, diz repetindo o manjado bordão. Devem ser contemporâneas do mito, penso com meus botões.
Falam de uma época de ouro numa Hollywood mais escrupulosa e ingênua do que esta de hoje.
Mas esta Hollywood de agora também tem seus simpatizantes.
Um rapaz queria ser Brad Pitt, outro se insinua Tom Cruise.
E enumera Penélope Cruz, Nicole Kidman e outras beldades que passaram pela cama do baixinho mais charmoso do cinema atual.
Um homem de voz grave, fala em Miles Davis mas prefere ser John Coltrane.
Ele é amante de jazz.
Redescubro no programa o quanto o norte-americano é patriota.
Uns três John Kennedys ligaram para a rádio.
E pelo menos cinco Abraham Lincolns.
Um sujeito queria ser Bill Clinton e não demorou a aparecer uma Hillary, mulher carismática e forte. Para a felicidade desta, nenhuma Monica Lewinsky deu o ar de sua graça para azucrinar a paz no lar.
George Bush também não deu as caras.
Ainda bem.
Entre os esportistas, quatro Michael Jordans, dois Lebrons James e nenhum Derek Jeter. O basquete continua em alta.
Um menino que se auto-intitula “O Super Hacker” não telefonou, mas mandou um e-mail. Acha que seria um excelente Bill Gates.
Outro ouvinte, com a voz embargada de quem está para lá de Marrakesh, diz que é um clone perfeito de Ozzie Osbourne. Mas seria mais feliz e mais bonito se fosse o Robert Plant, do Led Zepelim.
Com bossa e gingado na voz, essa mulher presumivelmente negra, fala das benesses de viver sob a pele de ébano de Oprah Winfrey.
“Poderosa, poderosa, poderosa e poderosa. E podre de rica”, disse, soltando em seguida uma sonora gargalhada.
“Eu seria a dona desta rádio. E você estaria desempregado”, ameaçou.
Um maluco liga dizendo que é a reencarnação Jesus Cristo.
Ele liga logo após Bono Vox, do U2. E este pediu paz na terra aos homens de boa vontade.
Reconheço pelas ondas do rádio uma voz que me é familiar.
É Peter Pantoliano, que quer ser Frank Sinatra. E ele explica o porquê.
“Talentoso, rico, famoso, influente, bonito, popular entre o mulherio e ítalo-americano, como eu”.
Ganhou um elogio do apresentador, que tocou Strangers in The Night, logo a seguir.
Durante alguns segundos, fiquei feliz por ter Frank Sinatra como amigo do peito.
Animado, quase entrei na brincadeira.
Parei na ameaça de que nem todo mundo entenderia minha escolha.
Estamos vivendo uma era em que Tupak Shakur é herói, quase um mártir. Paris Hilton é ícone. Britney Spears possui uma legião de fãs.
Após a minha participação, certamente, ficaria aquele silêncio constrangedor. Esse era o medo.
Por mais que eu argumentasse “Cidadão do mundo, gênio, maestro, poeta da canção, PHD em trinado de passarinho, bacharel em samambaias, doutor em chope e feijoada, brasileiríssimo o seu coração”.
Como uma espinha de peixe, aquele meu Tom Jobim ficaria engasgado na garganta geral.
Apostei na ignorância da audiência, fiquei na minha.
E troquei de estação.
À noite, encontrei Peter Pantoliano para o chope sagrado de cada dia.
Tão logo entrei no bar, observei que nem ele tinha os olhos azuis de Frank Sinatra e nem eu os cabelos compridos e bem cuidados de Tom Jobim.
Ficamos conversando durante umas três horas e em nenhum momento sequer, o programa de rádio daquela tarde foi tema de nossas discussões.
Rimos, bebemos, gracejamos, celebramos nossa amizade do jeito que sempre foi.
Três horas depois, saí dali assoviando Garota de Ipanema.
E aquela canção não era minha.
Nem a letra era de Vinícius de Moraes.
A Música Que Toca Sem Parar:
Frank Sinatra canta Garota de Ipanema, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.
41 comments:
ainda bem, beto - não escolheste ser outra pessoa - sou tua amiga, não sei se seria do tom, embora o admire... será que ele teria esse teu coração imenso? risos
estou feliz com meu amigo de olhos de passarim!!
besos
Eu queria ser tanta gente, Roberto, que prefiro ser eu mesmo.
Mas queria ter os olhos azuis de Sinatra.
Ah, isso eu queria.
Crônica supimpa, coisa de mestre, de quem conhece o ofício.
Abraços e parabéns pelo texto.
Tudo bem Roberto, já li a sua resposta, desculpe a "impulsividade", rsrs.
Legal este programa de rádio hein?? Fiquei aqui tentando pensar na minha escolha e até agora nada, rs, enfim não sei se por falta de opções ou por excesso (dúvida). Quanto ao Tom, escolha perfeita!
"Estamos vivendo uma era em que Tupak Shakur é herói, quase um mártir. Paris Hilton é ícone. Britney Spears possui uma legião de fãs." - adorei a crítica!
Um abraço,
Kenia.
querido, amanhã eu também vou ser a garota de ipanema.
enquanto isso, nos ellenizamos, eu, vc, o geraldo...
beijos.
ei, olha a verificação: misjob... rsrsrs
querido amigo, sabes que tentei entrar mentalmente neste jogo e... não consigo imaginar uma só pessoa com quem trocasse de identidade? não, não é presunção ou sobranceria. unicamente penso que se nem eu me conheço tanto quanto deveria/desejaria, como seria vestindo a pele de outra pessoa? prefiro não arriscar... prejudicá-la-ia com certeza. :)
um abraço, robertílimo!
jorgíssimo,
no fim do dia queremos ser nós próprios... mas fico pensando que deve ter sido enlouquecedor ser salvador dali, por exemplo... acho que viajo maois em personagens atormentados, como se meus tormentos não me bastassem... rs
é mais leve me ser, quero crer... rs
abração pra ti, que é lenda em braga e não menos lenda no primeira pessoa...rs
nina,
não conseguir ser garoto de ipanema (ou menino do rio) nas poucas vezes que estive lá...
hoje o kledir voltou a tocar no assunto de eu passar uns dias lá com eles... e olha eu que adoro a companhia dele.... adoro estar entre os dele (que também são meus)... me sinto em família com eles... me recebem tão bem... mas no rio tudo me é estranho demais...
lembro-me da penultima vez que estive lá, a caminho do aeroporto (tipo 5:30 da manhã... eu ia pra bh) e um dia lindo, vermelho, despontando, iluminando aquela topografia maravilhosa e tudo o que consegui sentir foi alívio...
doido demais, isto...
que o rio lhe seja generoso.
divirta-se por lá e, uma vez mais, leve pra casa o que está indo buscar.
beijão do
roberto.
kenia,
à medida que vamos ficando mais entrados na vida acabos lidando melhor com nossas impulsividades... rs
acho que ja fui assim, um dia... mas dei tempo ao tempo e já não sofro, se as coisas não saem exatamente do meu modo e dentro do meu cronograma...
então... fico pensando... será que daqui a dez anos estaremos falando de paris hilton?
não creio, kenia... nao creio...
vivemos, hoje, numa sociedade da bola da vez e, infelizmente, as bolas da vez costumam ser absolutamente desinteressantes...
interessante mesmo é o grupo de amigos que tenho feito aqui.
são garantia de bom papo pra qualquer hora.
em qualquer lugar.
abraçào procê.
r.
jorge,
aqueles olhos azuis de sinatra...rs
aquela voz azul de sinatra...
e o carisma azul (mais azul)de sinatra... rs
mesmo assim, ser paulo jorge dumaresq é um ótimo negócio.
tenho certeza que sim.
abraçào e celebração deste que é seu fã,
roberto.
lírica,
de onde vieram esses meus olhos de boi no meio da tarde?
às vezes acho que saí de algum poema não publicado de drummond...rs
tava me lembrando de um papo com sorín em buenos aires... ele ainda não era pai e conversávamos sobre esse papo de paternidade... eu disse a ele que, quando ele fosse pai, teria uma menina... e el, espantadao, perguntou de onde eu tirara tanta certeza... e eu respondi:
- é porque cê tem zói de passarim... e homens com zóios de passarim só fazem meninas...
até hoje ele me chama de zói de passarim...
ah, sim, ele foi papai o ano apssado. nasceu elizabetha, uma belorizontina linda.
beijào pra ti,
r.
Roberto, acho que eu não conseguiria participar do programa, indeciso que sou, até escolher com quem faria essa metempsicose o programa acabaria. Provavelmente sairia um Frankenstein, cérebro de fulano, coração de sicrano, e por aí iria. Mas se pudesse recuar na história, gostaria de ser o Bach. Tá certo que ele não era nenhum Brad Pitt, em aparência, mas seria pra matar a curiosidade sobre como ele, tendo 20 filhos, conseguia compor tanto, além de poder constatar se ele tinha consciência do próprio gênio. Mas eu também só aceitaria se pudesse trocar novamente, em caso de arrependimento.
Abração.
Ah, Roberto, eu nem precisei pensar pra responder, porque eu não queria ser ninguém além de mim mesma. Nossa, a maturidade é uma coisa maravilhosa, quem disse que não? Foi terapia na adolescência, terapia na juventude, tudo para me adaptar ao mundo e ser igual a todo mundo, nunca consegui. Hoje amo minhas qualidades e meus defeitos, que nem acho defeitos, brigo por eles, acho que não passaria sem nenhum deles! rsr
Mas, falando sério, fico pensando nos mitos, nos ídolos do passado e é lamentável as referências de hoje, tudo tão descartável!!!
Mas se eu fose obrigada a ser alguém que não eu, também preferiria os loucos, os loucos geniais. Fico, porém, com minha própria loucura mediana, tá bom assim..rsr
òtima sua crônica!
Beijos,
Tânia
tania,
esse lance de defeitos é muito louco. tentaram me levar pra união do vegetal (uma vertente bem comportada do santo daime) e comecei a me defrontar com meus defeitos. se por um lado eu ficava com medo de alguns deles, descobri que me "relaciona" bem com outros e que até gostava de algum deles.
resultado: sartei fora.
to véio pra mudar muita coisa. algumas coisas que eu consegui mudar, mudei. outras, lido com elas numa relação relativamente pacífica. e, como diria a piada véia, "pau no burro"...
tô que sigo...
beijão procê.
r.
com 20 filhos,
chego à conclusão que bach (que os gaúchos chamm de bah...rs) trepava muito e compôs menos que deveria...rs
quanto a trocar em caso de arrependimento, sei não...
vou postar aqui (repostar... que se diga!) uma cronica contando a epopéia de guarabyra (aquele mesmo da dupla com sá... ex-trio com rodrix) em que ele se aventurou num lance de "regressão".
a estória é mais ou menos verídica...
beijão procê,
r.
Já estive na União do Vegetal umas seis vezes. Ignorei os ritos religiosos deles (serve para o monte de ex-drogados que aparecm por lá, para os alcoólatras que rasgaram o fundo do poço, enfim, tal qual a Igreja Universal do Reino de Deus serve aos bandidões, homicidas reincidentes etc. que perderam toda expectativa na vida). Fora isso, imbeciliza total. Mas fui pelo chá, pela experiência de beber o vegetal.
Não fui consertar defeito nenhum e nem me livrar de nada, porque defeitos só se conserta com consciência e quem traz mais consciência é o viver a vida mesmo.
Essa de Clarice diz tudo, é o máximo:
"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."
Beijo,Roberto
beto!
vc pôs uma foto em que está todo posudo hein rapaiz?
quanto as identidades, iria de João do Vale.
De um jeito ou de outro, vc continua dando o tom por aqui e por aí...
Abraço rapaiz!
o otorrino das minhas filhas, pai de 6 meninos falava - me conta, tens 4 meninas, eu doido por uma princesinha, cumé que faço - e eu: dorme de janela aberta, ué... risos
besos
fouad,
foto posudo? mas eu sou posudo...rs
sou esta grande estrela, este grande astro, este luminoso fruto da minha imaginação...rs
ô, drico, prestenção, sujeito... posudo é o cacete....
ó, cê fala em joão do vale e eu quero saber o porquê da escolha... (e óia que eu sou fã dele)...
a propósito, vinicius de moraes disse que na proxima "encadernação" gostaria de voltar vinícius mesmo. e que pediria apenas pra voltar com um pau maior...rs
taí, eu talvez quisesse vinicius... e nem precisa de pau maior coisa nenhuma...
mudei de tom pra vinicius.
e sem sair do tom.
kiko salles, um de meus melhores amigos, tem 6 meninos (em 3 casamentos diferentes) e é doido por uma menina.
acho que ele continua tentando, né? vire e mexe, pergunta como é que "se faz"...rs
acho que só na adolescencia eu pensava em ter um filho, um rapazinho pra ir comigo ao estádio.
não tive um menino.
e cada menina que chegava foi sendo uma grande alegria. nunca questionei isto. nunca desejei que tivesse sido um menino...
hoje, levo minhas filhas pra ver hockey, basquete e futebol, os esportes que eu sigo. e elas curtem. ainda semana passada fomos assistir red bull (o time daqui... que é uma espécie de sete de setembro) e juventus de turim... uma farra... vão com a camisa do time... comem cachorro quente... gritam, torcem... exorcisam suas alminhas...
ô, e sem falar que menina é um bichim carinhoso demais...
ah, lírica, pra falar a verdade, no roxo da batata, acho que ao fim do dia é tudo a mesma coisa, sabia?
menino, menina, filho, filha, pai, mãe... só o amor é igual.
beijos,
r.
hehehe..Dalai Lima foi ótimo!!! Mas você descreveu muito bem, o risco é virar vegetal mesmo, samambaia, qualquer coisa dessa. heheh Dalai Lima...tô rindo ainda ...
abraços
rapaz eu só troco de identidade comigo mesmo, em sendo eu, sou outro e múltiplos, nada pessoa-l. abração
Quantas personas interessantes num só escritos.
Ah, adorei a trilha sonora.
Pô!
A história do João é bonita por demais! O camarada chegou a ser peão de obra e escutar sua própria música ser interpretada por outros cantores na rádio. Ainda não era reconhecido e foi ridicularizado pelos colegas de trabalho... Enfim, poeta e cantador popular de primeira!
Quanto ao cacete pequeno, dizem que é mal de celestino... Quem sabe na próxima você não nasce alvinegro pra poder confiar no seu taco de verdade! rsrsrs
Há braços!
qualé, fouad... homem que sai por aí gabando o tamanho da indumentária é inseguro...
vá ao procon e, tenho certeza, não verá nenhuma queixa contra celestinos em geral...
fico te lendo e morrendo de pena...rs... o mascote do seu time obtem prazer sexual através da relação anal...kkkkkkkk ... sem nenhum preconceito, obviamente...
já pensou nisto?
e depois, nós, cruzeirenses é que ficamos com a fama...
que baixaria!!!!
conheço a estória de joão do vale, toco as músicas dele na minha rádio. acho-o genial. deixou uma obra lindíssima.
abraço grande do
roberto
vanessa, grato pela visita...
com os pedidos de desculpas... por obra e graça deste atleticano senvergoinzim... um certo libanês vendedor de esfihas no mercado central... um tal fouad talal, de quem, aliás, sou fã.
prometo que da próximoa vez que voc6e vier aqui, a conversa vai estar num nivel melhorzim...
abração do
roberto.
pois é, se pudesse escolher, viria na pele de assis freitas...
e faria o maior sucesso no recôncavo baiano e adjacências...
eita!
meu melhor amigo, tania, um grande poeta lá das gerais, entrou na união do vegetal bem no início...
e nos distanciamos um tanto. nós, que crescemos juntos, nos distanciamos demais.
se bobear, ele ja virou palmeira... ingazeira de beira de rio...
prometo checar com o ibama.
beijão do
roberto.
Delai Lima,
Em tenra idade eu quisera ser o Reinaldo, do Galo. Lá pelos meus seis anos, enquanto os adultos jogavam uma pelada acirrada, eu, na beira do campo, milpe toda vida, jogava meu futebol imaginário, e era de mim pra mim mesmo, a narração:
__ Lá vai Reinaldo, lá vai o Rei, passou por um, passou por dois, driblou o terceiro, deu um drible sem bola, sen-sa-cio-nal!, vai chutar e...
Que gol, que nada. Perdi foi o tampo do dedão do pé ao lascar o chute numa pedra, que eu, milpe que ainda nem tinha botado uma parabólica de 20 canais na cara, confundira com outra esfera que não a bola...
Mas aí já era tarde preu deixar de ser atleticano, já tinha entrado pelo cano mesmo. Só que bancar ser o Reinaldo, nunca mais!
(Linda crônica, como sempre...)
Abraços mil,
Dapedra...
da rama,
sempre que me encontro com ële, ele pergunta quantas vezes me fez chorar.
muitas, respondo sempre.
reinaldo era melhor do que todos estes ronaldos, adrianos e luiz fabianos.
era um cracaço.
abraço, da rama.
do
roberto.
Que grande barrigada de riso já tive com o humor de alguns comentários!...
Nunca percebi bem porque é que figuras públicas e menos públicas firmam categoricamente "voltaria a fazerexctamente o mesmo" se pudesse voltar atrás. No limite voltariam a querer fazer o mesmo se pudessem voltar a nascer. Parece-me estranho (para não dizer absurdo) que uma pessoa, podendo, recuse viver outras vidas, recuse conhecer outros mundos, outros saberes, outras pessoas. É um desperdício.
Não é o mesmo com o tema do jogo da crónica. Viver vidas alheias é uma representação de uma persona-gem que alugamos por algum tempo. Ou ocupamos. Ou nos deixamos possuir por ela.
Não é também o mesmo com o heterónimo. Aqui inventam-se muitos por não se caber num só.
É um privilégio participar nesta tertúlia.
Abraço
uai, jad...
fernando pessoa era um monte de zé ninguém... ou, melhor, eram todos talentosos... quase tanto quanto o próprio...rs
ja decidi: serei o dalai lima a partir de hoje. vou começar raspando a cabeça e encolhendo uns dez centimetros...
quanto ao privilégio de participar desta troupe, saiba, ele é nosso.
com a sua presença ficamos melhores. saiba disto.
abração do
roberto.
É a metáfora da rede: a rede é feita de nós mas os nós não fazem a rede se não estiverem todos ligados. São assim os heterónimos: cada um só faz sentido se estiver ligado aos outros, incluindo o ortónimo. Seja(m) ele(s) quem for(em).
Claro que podemos ler Caeiro, Campos e os outros autonomamente, como podemos centrar a atenção em cada nó da rede. Mas o seu sentido apenas se faz na articulação com os outros nós, com os outros pessoas. Creio.
Dalai Lima, Roberto?!
Ps: perdão pelas gralhas do meu comentário anterior. Pressas do meu computador:):)
Abraço
jad,
se eu for esquentar com todos os meus erros de digitação (e não só de digitação, teria que voltar, revisando e repostando.
já nem peço desculpas aos amigos que leem e intuem o que quero dizer.
sim, estamos todos ligados, unidos por um fio raro, o da palavra. ela ó o nosso fio condutor. e é o que costura de forma bonita estes laços de afeto e afinidades que nos unem vida adentro.
dalai lima?
claro que não... sou cheio de pequnos e grandes defeitos...rs
abração,
roberto.
Opa!
Não sabia que o Ramúcio também era alvinegro! Tu realmente anda bem acompanhado hein? eu, Líria, Pedro... Agora entendi a influência atleticana! rs
Que festança é essa de outubro seu moço?
Não pesquei! Fidel e Outubro, só me veio a mente os bolcheviques na revolução de 17!
Manda notícias!
Abraços!
dalai é melhor que da_lei... risos
mas não tens vocação pra santidades, nosso caminho é a curva...
besos
dá-lhe lama...rs
fico melhor assim, né lírica?
fouad,
tem uma galinha caipira nos esperando no peixe-boi, la em betim... a melhor das geraes...
cê num foi avisado ainda?
putz... nosso departamento de ralções públicas tá de mal a pior... não divulga nada...
Roberto, agradeço o comentário deixado no Vooleta. Gostei muito de Olho Lírico, que conheci recentemente (se estiver no Orkut, procure-me como d'Angelo* e conheça minhas brincadeiras com fotografias). Quanto a ser outra pessoa, eu gostaria de ser Dorival Caymmi: um dos maiores e mais autênticos talentos de nossa MPB, e que criou uma obra monumental sem pressa e sem olhar para o mercado. Abraços de Minas.
d'angelo,
ali no Olho Lírico é uma brincadeira. não tenho equipamento, comecei a tirar umas fotinhas com uma xereta qualquer.
bom te ter aqui no Primeira Pessoa que é, também uma brincadeira coma matéria prima com que ganho o pão.
há mais de 20 anos engano a palavra.
belíssima escolha o dorival. um dos grandes mestres brasileiros.
abração procê. volte sempre que quiser.
deste seu novo amigo, o
roberto.
Interessante esses programas em que a pessoa, por um pequeníssimo instante ousa em "proclamar" ser outra pessoa. Enquanto a mim, sou um sonhador, com tudo que sou e faço.
Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com
Meu Deus, fui achar voce no rastro de Pedro Rufino, amei suas crônicas... vamos interagir por aqui... Darei uma pausa para o café e volto... Um dia voce escreverá sobre mim!
Amei e fiquei estou te seguindo, e se desejar sigam- me os bons.. rsrs...
Estou no aguardo!
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