O cão do inverno ferra o meu sorriso. Foi na ponte. Eu estava nua e levava um chapéu com flores e arrastava o meu cadáver também nu e com um chapéu de folhas secas.
Tive muitos amores – disse – mas o mais formoso foi o meu amor pelos espelhos.
Alejandra Pizarnik
De quando o silêncio é de ouro e se faz presente nos sonhos das palavras(tuas e dos outros) Espelho, espelho, espelho.
Rute, Acho Alejandra Pizarnik muito profunda, mas também muito triste. E nós, que gostamos de poesia, temos, às vezes uma estranha vocação pra melancolia. Às vezes, a melancolia me pega. Às vezes, eu dou um nó nela. Somos velhos conhecidos.
No ano que vem quero mais alegria e menos melancolia. E é o que desejo ao mundo.
Que em 2010 os espelhos da vida reflitam luzes mais claras, cores alegres, estradas largas, horizontes perfeitos e dias de sol.
Que os espelhos de 2010 reflitam em nós, alegria, felicidade, tranquilidade e sonhos realizados.
Por pouco, eu construía aqui um desses cartões de final de ano. (rs) Enfim, resumindo tudo numa frase: Que 2010 seja um ano azul, para todos nós.
Espelho. Espelho. Espelho. Reflefindo o bem e o bom.
Laura, sou fã de Eugénio. Descobri tardiamente a poesia dele e é um dos meus favoritos. Escrevia com muita sensibilidade, manuseava as palavras com extrema habilidade e zelo. Costumo dizer que Eugénio é o segredo mais "bem guardado" da literatura portuguesa. Que o mundo descubra Eugénio. Acho que você e eu estamos entre os que fazem as suas devidas partes.
8 comments:
.....a boca sossegada onde apetece
navegar ou cantar, ou simplesmente ser
a cor dum fruto, o peso duma flor....
Belíssimo verso, magnólia.
Você, como sempre, garimpando preciosidades, embelezando a blogosfera.
Obrigado, amiga!
Abração do
Roberto.
O cão do inverno ferra o meu sorriso. Foi na ponte.
Eu estava nua e levava um chapéu com flores e
arrastava o meu cadáver também nu e com um
chapéu de folhas secas.
Tive muitos amores – disse – mas o mais formoso foi
o meu amor pelos espelhos.
Alejandra Pizarnik
De quando o silêncio é de ouro e se faz presente nos sonhos das palavras(tuas e dos outros)
Espelho, espelho, espelho.
Rute Braz.
Eu-gênio, dos meus poetas preferidos.
Um beijo.
É um dos meus favoritos também, Nina.
Eugénio... tem muito de gênio da poesia... Faz por merecer o nome, né?
abração do Roberto.
Rute,
Acho Alejandra Pizarnik muito profunda, mas também muito triste.
E nós, que gostamos de poesia, temos, às vezes uma estranha vocação pra melancolia.
Às vezes, a melancolia me pega. Às vezes, eu dou um nó nela. Somos velhos conhecidos.
No ano que vem quero mais alegria e menos melancolia. E é o que desejo ao mundo.
Que em 2010 os espelhos da vida reflitam luzes mais claras, cores alegres, estradas largas, horizontes perfeitos e dias de sol.
Que os espelhos de 2010 reflitam em nós, alegria, felicidade, tranquilidade e sonhos realizados.
Por pouco, eu construía aqui um desses cartões de final de ano. (rs)
Enfim, resumindo tudo numa frase:
Que 2010 seja um ano azul, para todos nós.
Espelho. Espelho. Espelho.
Reflefindo o bem e o bom.
Abraço grande e admiração profunda do
Roberto.
L
Que fizeste das palavras?
Que contas darás tu dessas vogais
de um azul apaziguado?
E das consoantes, que lhes dairás,
ardendo entre o fulgor
das laranjas e o sol dos cavalos?
Que lhes dirás, quando
te perguntarem pelas minusculas
sementes que te confiaram?
Eugénio de Andrade
Obrigada Roberto!
Laura,
sou fã de Eugénio. Descobri tardiamente a poesia dele e é um dos meus favoritos. Escrevia com muita sensibilidade, manuseava as palavras com extrema habilidade e zelo.
Costumo dizer que Eugénio é o segredo mais "bem guardado" da literatura portuguesa.
Que o mundo descubra Eugénio.
Acho que você e eu estamos entre os que fazem as suas devidas partes.
Abraço de amizade do
Roberto Lima.
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