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Ontem
às onze
fumaste
um cigarro
encontrei-te
sentado
ficámos para perder
todos os teus eléctricos
os meus
estavam perdidos
por natureza própria.
Andámos
dez quilómetros
a pé
ninguém nos viu passar
excepto
claro
os porteiros
é da natureza das coisas
ser-se visto
pelos porteiros.
Olha
como só tu sabes olhar
a rua
os costumes…
Mário Cesariny
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A Música Que Toca Sem Parar:
na voz de Geraldinho Azevedo, Hoje e Amanhã
Palavras de Fausto Nilo, melodia de Geraldinho
3 comments:
Caro amigo.
Este texto lembrou-me meu pai.
Gostava de fumar e andar horas em silêncio.
Saudades muitas...
Saudades...
Um final de semana de muita inspiração.
seu pai, tenho certeza, foi um grande sujeito.
aprecio esses parceiros do silêncio. são grandes observadores.
é bom te ter por aqui, aluísio.
e te deixo um abraço.
R.
Ah, afinal ele estava aqui!!!!
Distraída!!1
Beijos, Laura Alberto
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