Friday, January 1, 2010

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"A única coisa tão inevitavel

quanto a morte é a vida"


Charles Chaplin
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12 comments:

nina rizzi said...

é vero.

um dia, uma dessas ciganas que te agarram pelo braço e te rogam pragas se não lhes dá dinheiro me pegou e solfejou: sua vida é curta.

é vero: me recuso a morrer, daí: curta a vida ;)

um belíssimo anotodo procê, visse ;)

Primeira Pessoa said...

nina,
o que é uma vida curta?
minha avo viveu 104 anos e achou pouco. queria mais.
tive um irmão que morreu aos 3 e uma irmã que nao respirou mais de um dia.
eu mesmo achei que não passaria dos 33.
um amigo querido - pra me enlouquecer - me deu seis, periodo que se esgotou ontem.
ou seja: to no lucro.

vida curta?
viva intensa.
e manda essa cigana ir assombrar porcos.

feliz 2010.
abracão do

Roberto.

Wilson Torres Nanini said...

Orides Fontela, já bem dizia-nos:
Meia luz
Meia palavra
Meia vida

Não basta?

Ah, não sei se é verdade, mas li, certa feita, que Chales Chaplin tirou, uma vez, um terceiro lugar num concurso de sósias do Chaplin.

Forte abraço!

Primeira Pessoa said...

wilson,
meia palavra fala?
ou, meia palavra cala?
o que sei eu? rs

não conhecia essa estória de chaplin, mas mesmo se mentirosa, é genial. fez com que me lembrasse de que, no verão passado, eu trafegava pela quinta avenida, em manhattan e observei, no canteiro que dividia os dois sentidos da estrada, uma primavera de tulipas de todas as cores.
eram tão lindas, que pareciam de plástico.
doido, né?

abração do
roberto.

nina rizzi said...

Roberto, uma vida curta? sei não, mas eu me recuso a morrer...

e tou curtindo essas histórias...

um beijo.

Primeira Pessoa said...

rs...
nina, me-nina...
também me recuso...
mesmo porque, já sou pai, publiquei livros (que graças à Deus quase ninguém leu...rs) e até ja plantei minha árvore e um tantim bão de manjericão, tomilho, salsinha, coentro, estragão (um dos nomes mais injustos dados a uma erva comestível... aliás, é minha erva favorita... entre as ervas... acho que no sul chamam de funcho)...
bora é viver, né não?

e a cigana?
ah, a cigana que vá catar coquinho.
beijão,
R.
beijão do
Roberto.

Unknown said...

AH, a vida, e vc disse bem tbm, o amor, a amizade, as manhãs, as estrelas, quantas coisas imorredouras. Mas basta fechar os olhos, pra que elas morram um pouco. Vamos seguir, de olhos abertos.

Primeira Pessoa said...

Walkyria,
ah, as coisas imorredouras... você falou bonito. Escreveu bonito.
Sonhar de olhos abertos.
Esse sim, é um belo mote de vida.
Feliz 2010 pra nós!
Abração do
Roberto.

nina rizzi said...

rsrsrs...

Roberto, eu adoro essas ervas todas e, sim, lá no sul/sudeste chamam de funcho ou funchicória (teriam eles 'hibridado' com a deliciosa verdura? rsrs), mas acho tomilho engraçadinho também!

ainda bem que ninguém leu? rsrs.. pois eu quero ler, o que faço pra tê-los entre os dedos-olhar?

eu também plantei. lá no sul, inclusive, tinha uma horta enorme e linda que amava... cheiro verde (que lá é salsinha e cebolinha, mas aqui no Ceará é coentro, que não gosto e cebolinha), couve, que adoro, alface, tomate cereja, mais um monte de folhas e até mesmo mandioca (que aqui chamam macaxeira)... sem contar as flores e, ai, as folhagens...

tenho uma filha linda. agora só falta publicar um livro, que se UMA pessoainha ler e reler, ai, vou sorrir homérica :)

um beijo.

Primeira Pessoa said...

Nina,
o grande filósofo bussunda dizia, do alto de sua sabedoria, que seus livros (ele escrevia aquelas coisas de humor com os Cassetas) eram como aquela espinha na bunda: só os muito íntimos viram.
então, é assim a minha trajetória literária. publiquei muito cedo, quando achava que sabia das coisas. hoje, como tenho certeza de que ainda não sei coisa nenhuma, fica aquele medo de dar tapa em biscoito molhado.
tenho dois romances alinhavados (putz, sou preguiçoso e indisciplinado o quanto baste!) e ando pensando em reunir algumas crônicas que publiquei ao longo dos últimos 22 anos no jornal em que trabalho. e fica aquela eterna dúvida: será que alguém quer ler isto?
é fueda! nem pink floyd explica.
quanto às ervas, comecei muito cedo (rs)... e planto uma hortinha em minha casa. cozinho como terapia. adoro receber os amigos pra um sarau de abobrinhas e gosto que as coisas que invento ao fogão saiam "perfumadas".
tomilho é ótimo. eu gosto. alecrim é bão também. manjericão dá vontade de passar atrás da orelha, de tão bão. só não gosto de orégano. fico a me lembrar dele pelos próximos dois dias, se é que me entende. (rs)
abração diretamente da horta,
do
roberto.

nina rizzi said...

ai, que delícia. eu me convidaria pra um jantar; e como gosto do mesmo, vindo à Fortaleza, camarada, está convidado à cozinha fabulosa da nina rizzi ;)

beijo.

Primeira Pessoa said...

uai... vindo pra essas bandas do norte, tá convidada.
quando cheguei aos EUA, antes de achar o fio da minha meada, trabalhei na cozinha de um restaurante ibérico que roubou quatro anos da minha juventude. além do trauma, ficou esse
gosto por cozinhar, esse auto-flagelo...
tenho grandes amigos aí em sua cidade... músicos, malucos... nossos encontros são sempre muito divertidos e o fígado acusa o resultado. por isso esses encontros tem que ser bissextos.
abs,
R.